Artigo

Artigos Recentes

Editorial: Democracia em vigília

Jorge Branco

Compartilhe este texto

Apesar da sua tradicional fragmentação, o campo democrático criou ao menos um consenso: derrotar o bolsonarismo na disputa à presidência da República era tarefa crucial para nos dar condições de derrotar o bolsonarismo a médio e longo prazos. Negar o exercício e o controle do governo à extrema direita se tornou um objetivo essencial.

Evidente que não seria o suficiente. Ainda mais quando aqueles que flertam com o fascismo ou, de fato, adotam práticas neofascistas e de outras matizes da extrema direita e do reacionarismo, saíram fortalecidos das urnas nas eleições proporcionais. Portando, diante do resultado parelho das eleições a tendência é que o enfrentamento aos reacionários, golpistas e antidemocráticos dure algum tempo.

Os fatos e declarações direitistas ocorridas desde a consagração de Lula nas urnas têm reflexo no prestígio internacional do Brasil. Os porta-vozes do bolsonarismo deixaram claro que não vão recuar nas suas teses e ações esdrúxulas. Portanto, cabe ao campo democrático não recuar um milímetro sequer na defesa do Estado democrático de direito e da democracia de modo amplo e substantivo.

O papel das Forças Armadas, o uso criminoso da liberdade de expressão, o financiamento obscuro e a predileção das plataformas em distribuir conteúdo bolsonarista nas redes sociais estão entre os temas que precisamos disputar e esclarecer.

Com essa série de artigos, o Democracia e Direitos Fundamentais apresenta posicionamentos concretos para ajudar os guardiões da democracia nos debates presenciais e virtuais.

Ainda é tempo de vigília. E na vigília precisamos manter a atenção total.

Boa leitura!

Áudios

Vídeos

O Ciclo 2: A democracia e o Sul global é composto de oficinas preparatórias para um importante momento: uma sessão plenária que irá acontecer, no dia 15 de novembro, durante o G20 Social, quando entregaremos um documentos com análises e recomendações para a nova presidência do fórum, da África do Sul, que assume o comando grupo.
O documentário Vozes pela Democracia reuniu diversas falas vindas de diferentes movimentos sociais, professores e pesquisadores, organizações não-governamentais e de representantes dos governos em prol da defesa de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.
Por que refletir e debater sobre a importância da segurança pública para a democracia? Como a esquerda trata o tema e de que maneira a segurança deve figurar na agenda do campo progressista? Quais devem ser as ações futuras? A violência, o crime e a regressão de direitos são temas locais. A construção da paz e da democracia deve ser encarada como um desafio transnacional, continental e o Sul global deve ser protagonista na construção dessa utopia. Todas estas questões trazem inquietude e precisam ser analisadas. Com esta preocupação, o Instituto Novos Paradigmas reuniu algumas das principais referências sul-americanas no campo progressista, no Seminário Democracia, Segurança Pública e Integração: uma perspectiva latino-americana, realizado em Montevidéu, no dia 12 de outubro de 2023. Um momento rico em debates e no compartilhamento de experiências, considerando a necessidade da integração regional. Este documentário traz uma síntese do que foi discutido e levanta aspectos que não podem ser perdidos de vista frente às ameaças do crescimento da direita e da extrema direita no mundo e principalmente na América do Sul.
Video do site My News Pesquisa levada a cabo por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da USP, Centro de Estudos de Direito Sanitário e Conectas explica porque o Brasil não chegou à toa ao caos no enfrentamento da pandemia da COVID 19 Assista a Professor Deise Ventura, uma das coordenadoras da pesquisa.
O ex-ministro da Justiça Tarso Genro aborda as novas relações de trabalho no Congresso Virtual da ABDT.
O ex-ministro da Justiça do Governo Lula participou de um debate ao vivo na CNN com o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori. O tema foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello de tornar pública a reunião ministerial do dia 22 de abril, apontada por Sérgio Moro como prova da interferência do presidente na Polícia Federal. Tarso Genro considera acertada a decisão de Celso de Mello.
plugins premium WordPress